Autismo e o tempo em frente ao ecrã!

  • Por Completamente
  • 16 mai., 2019

- Uma criança com autismo que esteja com o ecrã não socializa e tende a isolar-se. As relações sociais são essenciais para o desenvolvimento cerebral: a criação de vínculos, o contacto visual, as iterações verbais e o afeto.

 

- As crianças com autismo tendem a ter baixa melatonina e perturbações do sono e o tempo frente ao ecrã reprime a mesma e perturba o sono.

 

- Crianças com autismo são propensas a problemas de regulação da excitação, manifestadas numa resposta de stress exagerada, desregulação emocional ou tendência a serem mais ou menos estimulados; o tempo frente ao ecrã aumenta o stress agudo e crónico, provoca hiperexcitação, desregulação emocional e produz hiperestimulação.

 

- As crianças com autismo têm deficits sociais e comunicacionais, como a dificuldade em manter o contacto visual, a dificuldade em ler as expressões faciais e a linguagem corporal, uma baixa empatia e a dificuldade comunicacional; o tempo frente ao ecrã dificulta o desenvolvimento dessas mesmas aptidões – mesmo em crianças e adolescentes que não têm autismo.  

 

- Crianças com autismo são mais propensas à ansiedade – incluindo traços obsessivos-compulsivos, ansiedade social – e o tempo frente ao ecrã está associado com um risco acrescido para a POC (Perturbação Obsessiva-compulsiva) e ansiedade social, contribuindo ao mesmo tempo para uma estimulação elevada e fracas estratégias de coping.

 


- Frequentemente, as crianças com autismo têm questões sensoriais e motoras assim como tiques; o tempo frente ao ecrã tem estado associado a atrasos sensoriais e motores e piorando o processo sensorial e pode apressar ou piorar tiques vocais e motores devido à libertação de dopamina.

 

- Pessoas com autismo são típica e altamente atraídas a tecnologias com base em ecrãs e têm não só um risco acrescido de desenvolverem vícios em videojogos e outras tecnologias, mas também mais prováveis de exibir sintomas com pequenas quantidades de exposição.

 

- Crianças com autismo têm um risco acrescido para perturbações psiquiátricas de todos os tipos, incluindo perturbações de humor e ansiedade, PHDA, tiques e psicose. No que respeita a psicose, pessoas jovens com Perturbação do Espectro do Autismo que são diariamente dedicados ao tempo de ecrã podem experienciar alucinações, paranoia, dissociação e perda da noção da realidade.

 

            - O tempo de ecrã pode precipitar a regressão (perda de capacidades linguísticas ou sociais ou adaptativas), agravar os comportamentos repetitivos, limitar ainda mais os interesses e desencadear comportamentos agressivos e autolesivos.

 

Estar livre dos ecrãs pode melhorar o contacto visual e a linguagem, aumentar a flexibilidade no pensamento e nos comportamentos, alargar os interesses, melhorar as regulações emocionais e a habilidade de cumprir as tarefas, produz um sono mais revitalizante e reduz a ansiedade e os esgotamentos.

Uma reduzida exposição ao exercício, tempo livre e a exposição com a natureza e o exterior pode influenciar negativamente a integração do cérebro, o Q.I e a resiliência em todas as crianças.



Fonte: Associação Vencer o Autismo